Para refletir sobre os conceitos mais profundos da prosódia de uma língua, é preciso antes esclarecer dois conceitos que julgamos importantes para que as proposições futuras sobre o assunto fiquem claras. São eles: entonação e acentuação. A entonação é o nome que se dá à intensidade com que um indivíduo pronuncia as sílabas de uma palavra. Trata-se, portanto da variação de intensidade que se emprega ao falar. A acentuação define-se como sendo o ato de acentuar palavras na fala ou na escrita.
Existem dois tipos de acentuação: a tônica e a gráfica. A acentuação tônica é a que determina qual sílaba de uma palavra, com mais de duas sílabas, deve ser pronunciada com maior intensidade. A acentuação gráfica está relacionada com a colocação (ou não) de sinais diacríticos sobre as vogais para determinar, na fala, que sílaba deve ser pronunciada com maior ou menor intensidade.
Cabe ainda lembrar que os dois conceitos estão intimamente ligados, visto que a acentuação gráfica ajuda a compreender como se deve entonar as sílabas de uma palavra. A acentuação garante a melodia da palavra, da frase e da língua como um todo.
Havendo feito os esclarecimentos preliminares, passemos, pois, ao objeto deste texto que é a acentuação e a entonação das palavras no idioma yorùbá.
Diferente das mais conhecidas línguas do planeta, o yorùbá tende a acentuar, graficamente, mais de uma sílaba das palavras que compõem o seu vernáculo.
A acentuação gráfica do yorùbá, além de informar a intensidade que deve ser utilizada na pronúncia das sílabas de uma palavra, também pode indicar a diferença de significado existente entre dois ou mais signos linguísticos com grafias semelhantes. Neste caso, o acento não tem função demarcadora da entonação, mas de diferenciar os significados das palavras. Em português, chamamos esse fenômeno de acento diferencial.
Como exemplo de acento diferencial em yorùbá, tomemos as palavras àṣẹ́, aṣẹ́ e àṣẹ. Da esquerda para a direita, a primeira palavra (àṣẹ́) significa menstruação, a segunda (aṣẹ́) significa coador e a terceira (àṣẹ) significa o poder emanado dos òrìṣà (divindade cultuada pelo povo yorùbá). Assim sendo, o uso indevido da acentuação gráfica pode causar dúvidas, ruídos e, por que não dizer: até constrangimentos.
Os acentos gráficos usados na língua yorùbá são: o agudo (´); o grave (`) e o til (~), este último encontrado, segundo alguns autores, na escrita antiga, como se pode ver na grafia da palavra ãṣẹ̀ (porta larga) que, mais tarde, passou a ser escrita com duplo “a”, assim: ààṣẹ̀. No idioma yorùbá, há também as sílabas sem nenhum acento e que devem ser pronunciadas com entonação média.
A não observação dos acentos das palavras do yorùbá tem provocado traduções absurdas de textos escritos nessa língua, especialmente, daqueles usados na ritualística religiosa.
Os acentos gráficos (ou a falta deles) para denotar a forma como devemos (ou não) pronunciar as sílabas e as letras da língua yorùbá podem ser classificados da seguinte forma:
O acento agudo (´) é aquele que indica sempre a sílaba (ou as sílabas) que devem ser pronunciadas com maior intensidade nas palavras. Vejamos! Na frase: Bàbá mi ni àìdá (Meu pai é severo), a palavra bàbá possui dois acentos: o grave que indica a sílaba menos intensa e o agudo que indica a sílaba mais intensa, ou seja: a sílaba com maior tonicidade e, por isso, deve ser entonada mais fortemente. A palavra àìdá tem dois acentos graves e um agudo, ou seja, duas sílabas de intensidade fraca e uma de intensidade forte.
O acento grave (`), como já vimos, serve para marcar a entonação mais fraca de uma sílaba numa palavra. Na expressão: mo júbà (meus respeitos), a sílaba de entonação mais forte é “jú” e não o “bà” como se vê, na prática, na maioria das casas de Candomblé.
A falta de acento sobre as vogais também é informação prosódica em yorúbá. Quando a sílaba não tem acento, isso significa que deve ser pronunciada com média intensidade em relação às demais que podem ser de forte ou de fraca intensidade. Vejamos! Na frase: Èsú ni Olúwa mi. (Exu é o meu senhor.), a palavra olúwa tem três sílabas: o-lú-wa. Nitidamente se pode notar que duas dessas sílabas não têm nenhum acento, por isso devem ser pronunciadas com entonação média em relação à outra. Há casos em que há três entonações diferentes numa só palavra. Veja o que ocorrer em Adùpẹ́ ọrẹ́ mi! (Obrigado meu amigo), a palavra a-dù-pé tem três sílabas e cada uma delas com uma intensidade diferente: média, baixa e alta consecutivamente. Assim sendo, a referida palavra deve ser lida: aduPÉ.
Em face do exposto, afirmamos que entender o funcionamento dos sinais diacríticos da língua yorùbá, especialmente aqueles relacionados à acentuação gráfica, constitui condição primordial para a compreensão da pronúncia correta das palavras a fim de promover uma comunicação livre dos ruídos e dos equívocos.
REFERÊNCIAS:
BENISTE, José. Dicionário yorùbá português. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.
BENISTE, José. Òrun àye: o encontro de dois mundos. 4.ed., Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
FONSECA JÚNIOR, Eduardo. Dicionário yorùbá português. São Paulo: Civilização Brasileira, 1988.
OLIVEIRA, Altair B. Cantando para os orixás. 4.ed., Rio de Janeiro: Pallas, 2012.
PORTUGAL FILHO, Fernandez. Guia prático de língua yorùbá. São Paulo: Madras, 2013.
WIKIPÉDIA. Língua iorubá. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_iorub%C3%A1. Aceso em: 14/07/2015.
Em todas as línguas do mundo, há expressões apropriadas para que as pessoas possam cumprimentar-se umas às outras nas mais diversas situações do cotidiano. Essas expressões, geralmente, são um conjunto de frases curtas que servem para assegurar a boa convivência entre as pessoas de um mesmo grupo ou entre indivíduos de grupos diferentes.
Então vamos às expressões:
Ẹ káàró ou Ẹ ku aro = Bom dia!
Ẹ káàsán ou Ẹ ku asán = Boa tarde!
Ẹ káale ou Ẹ ku ale = Boa noite!
Ẹ káàbó ou Ẹ ku abọ = Seja bem vindo!
Ọ dọ̀la = Até amanhã!
Ọdárò = Até amanhã![1]
Ọdàbó = Até logo!
A jeun? = Servido?[2]
Kò a dúpé = Não, obrigado!
Bẹ́ẹ̀ni, jọ̀wọ́ = Sim, por favor!
Ṣe dada ni? Como vai você? (informal)
N kó? = Como vai? / Como vão?
Wón wà = Bem!
Ṣe àlàáfià ni? = Como vai o senhor?[3]
Àlàáfià ni, a dúpé = Vou bem, obrigado! (resposta formal)
Èmi ni dara dara = Vou bem, obrigado! (Resposta informal)
Ẹ ṣe gan = Obrigado
Ẹ ṣe é o = Obrigado
A dúpé = Obrigado
Kò tòpẹ́ = Não há de que!
Àlàáfià rẹ = Não há de que!
É jòwó = Por favor
Bi báyò = Parabéns!
Ni ayò odum titun = Feliz aniversário!
Odun dara dara rẹ́! Ou Ni ayò ójo ìbi ré! = Feliz aniversário!
Mo júbà = Meus respeitos
Mo kí o = Meus cumprimentos!
Aniversário = ójo íbì
Devemos nos lembrar sempre que a língua yorùbá é bem diferente da nossa língua portuguesa, especialmente, no tocante à acentuação gráfica. Atenção para:
a) A letra “s”, quando tem o ponto embaixo (ṣ), deve ser pronunciada como se fosse o “x” na palavra xale.
b) A letra “e”, quando tem o ponto embaixo (ẹ), deve ser pronunciada como se fosse o “e” na palavra café.
c) A letra “o”, quando tem o ponto embaixo (ọ), deve ser pronciada como se fosse o “o” na palavra cipó.
d) Em yorùbá, a letra “j”, quase sempre é pronunciada como se fosse composta pelo encontro de dj.
Espero que todos aproveitem essa lição e que façam uso no dia a dia.
[1] . Serve também como boa noite nos casos em que não se vai mais ver a pessoa naquele dia.
[2] . A expressão serve para todas as refeições
[3] . Modo formal. Usa-se para pessoas mais velhas ou para pessoas mais graduadas.
Referências:
BENISTE, José. Dicionário yorubá-português. 2.ed. Bertrand Brasil: Rio de Janeiro, 2014.
FONSECA JÚNIOR, Eduardo. Dicionário yorubá - português. Folha Carioca: Rio de Janeiro, 1988.
PORTUGUÊS FILHO, Fernandez. Guia Prático da Língua yorùbá. Madras: São Paulo, 2013.
Antes de falarmos do tema propriamente dito, é importante definirmos, inicialmente, as palavras que compõem a expressão “flexão de gênero”.
Flexão é o fenômeno linguístico pelo qual se faz a diferenciação de significado de uma palavra pelo acréscimo ou supressão de uma desinência ao seu radical ou tema. Sendo assim, quando acrescentamos um -a ao radical gat- para formar o feminino de gato, praticas uma flexão de gênero em língua portuguesa.
Outra definição que merece nossa atenção é a que nos elucida a palavra gênero. Ao consultar os dicionários de língua portuguesa, verificamos que essa expressão é extremamente polissêmica, ou seja: pode possuir muitos significados de acordo com o contexto.
No entanto, para esta matéria, basta-nos a definição que reduz a palavra gênero a uma categoria puramente gramatical sobre a qual se pode determinar o que é neutro, o que é feminino e o que é masculino no mundo dos seres e das coisas.
Em yorubá, o gênero gramatical é feito com certas peculiaridades que também permeiam a língua portuguesa, a flexão em que se usa a colocação de desinência nos radicais e temas não existe naquela língua assim como no português. A diferenciação entre o feminino e o masculino se dá de outras formas para o povo yorubá.
Vejamos a seguir algumas formas de o povo yorubano fazer a flexão de gênero:
I. O gênero masculino e feminino, quase sempre, é feito pelo uso de palavras diferentes para designar um e o outro. Vejamos algumas ilustrações:
ọkúnrin = homem / obìnrin = mulher
àkùkọ = galo / adìẹ = galinha
ọkọ = marido / aya = mulher
ọba = rei / ayaba = rainha
II. No dicionário Yorubá Português de José Beniste (2014), está escrito que também se pode fazer o gênero usando a justa posição ou aglutinação de radicais. As palavras ọkúnrin e obìnrin (homem e mulher respectivamente) podem aparecer justapostas a outros raciais para indicar a flexão de gênero. Veja o exemplo que tiramos de Beniste (2014, p. 14):
ọrẹ́ + ọkùnrin = ọrẹ́’kùnrin – que significa amigo.
ọrẹ́ + obìnrin = ọrẹ́’bìnrin – que significa amiga.
III. Outra forma utilizada para fazer o gênero em yorubá é idêntica à forma portuguesa de flexionar o gênero dos substantivos epicenos. Veja a comparação entre s duas línguas no quadro a seguir, para compreender melhor. As palavras macho e fêmea, em yorubá, são akọ e abo respectivamente. Para fazer o feminino e o masculino de boa parte dos animais conhecidos na cultura yorubana, usa-se antepor essas palavras aos seus nomes.
akọ ajá - cão / abo ajá - cadela
akọ àjàpá - tartaruga macho / abo àjàpá - tartaruga fêmea
akọ ẹiyẹle - pombo / abo ẹiyẹle - pomba
Em face do exposto, entendemos que a flexão de gênero em língua yorubá não se distancia da forma como se faz a flexão dos substantivos irregulares em língua portuguesa.
REFERÊNCIAS:
BENISTE, José. Dicionário yorubá português. 2.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.
FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário eletrônico Aurélio (Móbile), versão 2. 5. ed. Paraná: Positivo, 2010.
Antes de falamos a respeito da flexão de número em língua yorubá, precisamos revisitar alguns conceitos gramaticais que julgamos importantes, são eles: flexão e número.
A flexão é segundo o dicionário Aurélio um “processo de aposição de uma desinência a um radical ou tema para a expressão de categorias gramaticais, como tempo, modo, aspecto, voz, caso, gênero, número”.
Em língua portuguesa, o [-s] que colocamos ao final de algumas palavras para mudar o sentido gramatical de singular para plural e também a terminação [-mos] na forma verbal para indicar o plural da primeira pessoa do plural constituem ótimos exemplos de flexão de número.
Por sua vez, número é a expressão de algo que pode ser mensurável ainda que de forma abstrata. Para a flexão de número gramatical há dois números mensuráveis: singular e plural.
Em língua yorubá, como veremos abaixo, a flexão de número se dá de forma bastante distinta da que esboçamos acima tomando o português como exemplo.
Em yorubá, não há uma desinência especial para a indicação do plural. Os verbos e os nomes dessa língua não são flexionados; no entanto, há quatro formas diferentes para que a ideia de plural seja denotada numa expressão.
Na primeira, devemos usar o pronome pessoal de terceira pessoa do plural [àwọn=eles], quando queremos pluralizar algo que estamos falando ou escrevendo em língua yorubá. Vejamos alguns exemplos:
Èmi ní ọmọ òrìṣà. (Eu tenho um filho de santo).
Èmi ní àwọn ọmọ òrìṣà (Eu tenho filhos de santo.)
Oromakinde ní ẹṣin. (Oromakinde tem um cavalo.)
Oromakinde ní àwon ẹṣin. (Oromakinde tem cavalos.)
Mo rí ènìyàn. (Eu vi uma pessoa.)
Mo ri àwon ènìyàn. (Eu vi pessoas.)
Na segunda, podemos nos valer do uso dos adjetivos numéricos (pronome indefinido) para fazer a flexão de número, como por exemplo:
Adenikẹ ní arákùnrin ení. (Adenikẹ tem um irmão.)
Adenikẹ ní rákùnrin ẹ̀rin. (Adenikẹ tem quatro irmãos.)
Àwọn rí ilé éje. (Eles tem sete casas.)
Na terceira, o plural poderá ser feito usando as expressões púpọ̀ (que quer dizer muito) ou a expressão ọ̀pọ̀lọ́pọ̀ (que quer dizer numeroso, abundante). Vejamos alguns exemplos:
Bàbá mi ní ọmọ ọ̀pọ̀lọ́pọ̀. (Meu pai tem muitos filhos.)
Èmi ní ọ̀rẹ́ ọ̀pọ̀lọ́pọ̀. (Eu tenho muitos amigos.)
Ènìà púpọ̀ ni ọ̀rẹ́ mi. (Muitas pessoas são minhas amigas.)
Na quarta, recomenda-se usar àwọn antes do primeiro no caso em que mais de um substantivo deverá ir para o plural. Vejamos alguns exemplos:
Bàbá mi ní ẹṣin, àgùtàn àti málúù. (Meu pai tem um cavalo, um carneiro e uma vaca.
Bàbá mi ní àwọn ẹṣin, àgùtàn àti málúù. (Meu pai tem cavalos, carneiros e vacas.)
Observação: Recomenda-se usar as expressões wọ̀nnì ou ìwọ̀nni antes de palavras que denotam seres inanimados.
Ọba ní afin. (O rei tem um castelo.)
Ọba ní wọ̀nnì ààfin. (O rei tem aqueles castelos.)
Oba ní ìwọ̀nni ilé. (O rei tem aquelas casas.)
Como em todas as línguas do planeta, o yorubá possui regras que auxiliam na administração do seu sistema linguístico, e as que apresentamos acima podem nos ajudar a compreender melhor a flexão de número nessa língua tão enigmática.
Espero ter contribuído um pouco com o aprendizado daqueles que buscam por melhor compreensão dos orin, àdúrà, oríkì e de outros textos que servem como base da prática ritualística do Candomblé.
BENISTE, José. Dicionário yorubá protuguês. 2.ed., Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.
FONTE DA IMAGEM: http://www.juntosnocandomble.com.br/2008/11/blog-post_14.html.
Os pronomes pessoais compõem um conjunto de pequenas palavras muito importantes para a efetivação de uma determinada língua. Todo idioma requer a existência dos sujeitos que praticam, que sofrem, ou que praticam e sofrem, ao mesmo tempo, a ação verbal.
Os pronomes pessoais do caso reto são aqueles que indicam as três pessoas do discurso. Para facilitar o entendimento, abaixo, apresentaremos um quadro comparativo entre os pronomes do yorùbá e os do português.
São eles:
Flexão de Número Yorùbá Contração dos Pronomes Português
Singular Èmi Mo Eu
Ìwọ O Tu/Você
Òun Ò Ele
Plural Àwa A Nós
Ẹyin Ẹ Vós/vocês
Àwon Wọn Eles
Na língua yorùbá, os pronomes pessoais sempre devem aparecer nas frases para que fique bem especificado quem fala, com quem fala e de quem/que se fala.
Na prática, os pronomes pessoais retos do yorùbá são sincopados, ou unidos a outras palavras por síncope, mas não deixam de estar presentes nos enunciados.
As frases do yorùbá devem primar, quase sempre, pela ordem direta, a saber: sujeito + verbo + complementos verbais. Veja o exemplo a seguir:
Sujeito Verbo Complemento Verbal
Òun ni Olùkó ti yorùbá.
Ele é professor de yorùbá.
Os pronomes sujeitos da língua yorùbá variam apenas em número, visto que o gênero, no caso dessa língua, é dado pelo contexto da frase.
A discussão sobre os pronomes pessoais não se esgota por aqui. Oportunamente, voltaremos a eles apresentando os usos e as peculiaridades significativas de cada um.
REFERÊNCIAS:
BENISTE, José. Dicionário yorùbá português. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.
FONSECA JÚNIOR, Eduardo. Dicionário yorùbá português. São Paulo: Civilização Brasileira, 1988.
PORTUGAL FILHO, Fernandez. Guia prático de língua yorùbá. São Paulo: Madras, 2013.
EM TEMPO: Este material faz parte de uma pesquisa bibliográfica e de campo que estamos fazendo sobre o uso da língua yorùbá nas comunidades de terreiro, na cidade de Por Velho e Ariquemes, no Estado de Rondônia.
A ortoépia é a parte da gramática que se ocupa em estudar, classificar e orientar a forma correta de pronunciar os grupos fônicos de uma determinada língua. A ortoépia está, portanto, intimamente relacionada com os estudos sobre as maneiras utilizadas para a emissão das vogais e também da correta articulação dos sons consonantais. Segundo renomados gramaticistas, os erros cometidos contra a ortoépia são chamados de cacoepia e depõem, quase sempre, contra o falante que, segundo sua formação e posição social no grupo, deveria utilizar o dialeto padrão, ou seja: a chamada norma culta.
Com o propósito de não divagar sobre um assunto que merece praticidade, neste texto, vamos tratar apenas dos casos mais comuns e frequentes da ortoépia da língua yorùbá.
Vejamos os casos que merecem destaque:
a) As vogais “e” e “o” que podem ser “ẹ” e “ọ”;
b) O consoante “s” que pode também ser “ṣ”;
c) O fenômeno “gb” e sua pronuncia ideal;
d) A pronúncia correta do “p”;
e) A pronúncia do “j” e do “g”;
f) A pronúncia do “h” e do “r”;
g) A pronúncia das vogais nasais no final de palavras.
Equivocadamente, alguns autores estudam o ponto (.) colocado embaixo das vogais “ẹ” e “ọ” como sendo uma questão de acentuação gráfica. Isso não procede. Esse fenômeno é nitidamente uma questão de ortoépia e não de prosódia (estudo das sílabas átonas e tônicas de uma lígua).
Na palavra ọdẹ (caçador), a letra “ẹ” deve ser pronunciada como em café. A mesma letra, sem o ponto, deve ser entonada como na palavra bebê.
Na expressão Ọlọ́ọ̀nọ̀n (Senhor do caminho) e também na palavra ọdẹ, todas as letras “ọ” possuem o ponto subjacente indicando que o fonema deve ser lido e pronunciado como nas palavras cipó e vovó do português, ou seja, com o timbre aberto. Já o “o”, sem o ponto embaixo, portanto, deve ser pronunciado como na palavra vovô, em português.
No caso da letra “ṣ” com o ponto subjacente, o fonema deve ser lido com o som do “x” ou do “ch” empregados nas palavras xadrez e chuchu da língua portuguesa. A palavra Èṣù (divindade), em razão do ponto sob o “ṣ”, deve-se ser pronunciada como sua tradução para o português: Exu. Por sua vez, o “s”, sem o ponto sobposto, deve ser pronunciado com o som que tem na palavra sapo também do português.
Para ampliar o entendimento do uso dos fonemas /s/ e /ʃ/, tomemos o nome do grande caçador Ọ̀ṣọ́ọ̀sì, no qual estão, nitidamente, expressos os dois fenômenos anteriormente mencionados. No aportuguesamento da palavra: Oxossi, o uso dos fonemas /ʃ/ e /s/, nesta sequência, fica evidente. Ficou claro? Foneticamente, as palavras Èṣù e Ọ̀ṣọ́ọ̀sì devem ser grafadas assim: /ɛ’ʃu/ e /ɔ’ʃɔsi/. Então vamos adiante!
Certa feita, alguém me disse que o “g” antes de “b” não deveria ser pronunciado nas palavras do yorùbá. Fiquei intrigado, mas guardei esse entendimento por muito tempo. Ao ouvir o saudoso Altair T’ògún em “Cantando para os Orixás”, desconfiei daquele entendimento prévio que tinha sobre o encontro “gb” e para minha surpresa descobri que não eram duas letras, mas dois grafemas que equivaliam a uma única letra do alfabeto. A esse fenômeno, eu prefiro chamar de encontro que de letra como faz a maioria dos autores que li pesquisando sobre o assunto. O encontro “gb” gera um som que não possui correspondente em língua portuguesa.
Em síntese, no encontro “gb”, as duas letras são pronunciadas. O “g” com menor intensidade que o “b” e bem lá no fundo da garganta. Na frase: Ẹ ku aró gbogbo! (Bom dia a todos!), a palavra gbogbo deve ser, foneticamente, falada assim: /gbo’gbo/ e não /bobo/. A palavra ẹgbẹ deve ser falada desta forma: /ɛg’bɛ/ e não /ɛ’bɛ/. Entendeu?
Nas palavras em que o “p” figura como fonema, sua pronúncia ocorre como se ele compusesse uma sílaba com a letra “u”, mais a vogal. Assim: (pua, pue, puẹ, pui, puo, puọ, puu). Na expressão: aṣọ pupa. (Roupa vermelha), a palavra pupa deve ser lida foneticamente assim: /puu’pua/. De igual modo a palavra Igi-òpe, palmeira sagrada (dendezeiro), lê-se /igio’pue/.
Havendo vencido satisfatoriamente as discussões sobre o “p”, vamos trocar de assunto, mas ainda nos mantendo nas questões de ortoépia. Deste modo, o “j” das palavras escritas em yorùbá deve ser lido como se estivesse antecedido pela letra “d”, ou seja: como se fosse um conjunto formado pelas duas letras “d+j” e cujo fonema corresponde deve ser /dʃ/. Assim sendo, as expressões ìbeji, Yẹmọnja, mo júbà devem ser lidas assim: /i’bedʃi/, /iɛmõ’dʃa/ e /mo ‘dʃuba/. Creio que isso foi suficiente para o entendimento de todos. Vamos continuar.
Assim como a letras “j”, a letra “g” pode constituir um problema de ortoépia para os falantes de língua portuguesa que querem aprender o yorùbá como segunda língua. Vejamos! Sobre o “j”, nós já falamos no parágrafo anterior, resta então falar sobre a letra “g” que, na língua yorùbá, por sua vez, independente da vogal que a acompanhe na sílaba, nunca tem o som de “j”. Assim o sendo, todas as vezes que aparecer um “g” numa palavra, deverá ser lido como o “g” da palavra gato em português. Exemplo: Ògún (Divindade), àgó (perdão, licença). Ficou clato? Então vamos falar de outro assunto.
As vogais tônicas nasais finais constituem um fenômeno linguístico que pode suscitar muitas dúvidas ao falante desavisado. Essas vogais (a exemplo de “an”, “in” e “on”), quando escritas, perdem o “n” nazalizador; no entanto continuam, na fala, sendo entonadas de forma nazal. Assim sendo, as palavras ọ̀gá (cargo, chefe, mestre), omi (água), ọ̀nà (caminho) devem ser pronunciadas, respectivamente, /ɔ’gã/, /o’mĩ/ e /ɔ’nã/.
Ainda na ceara da ortoépia, cabe, por último, uma discussão sobre a letra “h” que em português não tem som algum. Na língua yorùbá, o “h” tem som aspirado e deve ser pronunciado da mesma forma que o dígrafo “rr” da língua portuguesa na palavra carro /kaRu/. As palavra hun (tecer) e hihu (grito) devem ser lidas respectivamente da seguinte forma: /Rũ/ e /RiRu/.
Em suma e com base em tudo o que vimos a respeito da ortoépia da língua yorùbá, compreendemos que uma língua não serve, somente, como instrumento de comunicação em sociedade, mas, acima de tudo, como delimitadora das diferenças estabelecidas no seio desta mesma sociedade. Falar usando o dialeto culto ou as demais formas denota o que o falante é, o que ele sabe, como sabe e o quanto sabe sobre si, sobre o meio e sobre o outro. Espero que este texto sirva para melhorar a sua condição, leitor, como falante dentro do grupo em que esteja inserido.
Em síntese, espero ainda que essas noções de ortoépia da língua yorùbá sirvam como reflexão e ponto de partida para pesquisas mais profundas, visto que, em nenhum momento, pretendemos, neste texto, exaurir o tema.
REFERÊNCIAS:
BENISTE, José. Dicionário yorùbá português. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.
BENISTE, José. Òrun àye: o encontro de dois mundos. 4.ed., Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
FONSECA JÚNIOR, Eduardo. Dicionário yorùbá português. São Paulo: Civilização Brasileira, 1988.
OLIVEIRA, Altair B. Cantando para os orixás. 4.ed., Rio de Janeiro: Pallas, 2012.
PORTUGAL FILHO, Fernandez. Guia prático de língua yorùbá. São Paulo: Madras, 2013.
WIKIPÉDIA. Língua iorubá. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_iorub%C3%A1. Aceso em: 14/07/2015.
Toda língua possui um conjunto de grafemas (signos, letras) que possibilita o registro gráfico das informações culturais de um povo. Isso não é diferente com o povo yorùbá. Sua língua, também chamada yorùbá é riquíssima em signos, sons e significados.
Entender como funciona o registro gráfico de uma língua é a base para compreender os seus demais mecanismos linguísticos e gramaticais. Por isso, saber como usar o alfabeto yorùbá, é condição sine qua non para aprender os fundamentos básicos dessa língua que tanto nos instiga.
O alfabeto da língua yorùbá é composto de vinte e cinco letras divididas em sons consonantais e vocálicos, assim como no português.
As letras de uma língua são chamadas de grafemas e os sons que produzimos, quando pronunciamos os grafemas, são chamados de fonemas.
Para facilitar o aprendizado e a compreensão clara do alfabeto da língua yorùbá, abaixo, apresentaremos um quadro contendo os grafemas da língua yorùbá e seus respetivos fonemas.
GRAFEMAS FONEMAS
A,a /a/
B,b /bi/
D,d /di/
E,e /e/
Ẹ,ẹ /ɛ/
F,f /fi/
G,g /gi/
GB,gb /gbi/
H,h /Ri/
I,i /i/
J,j /dji/
K,k /ki/
L,l /li/
M,m /mi/
N,n /ni/
O,o /o/
Ọ,ọ /ɔ/
P,p /pui/
R,r /ri/
S,s /si/
Ṣ,ṣ xi/
T,t /ti/
U,u /u/
W,w /iu/
Y,y /ii/
Como se pode ver no quadro acima, na língua yorùbá não existem as letras C, Q, V, X e Z. Os sons do C, como conhecemos em português, são grafados com “k” (casa) e com “s” (doce). O som de Q é grafado com “k”. O som de “x” é grafado com “ṣ”. O “v” e o “z” não são sons frequentes na língua.
Outra peculiaridade que gostaríamos de mencionar é o grafema “gb” que, embora seja escrito com duas letras, equivale a apenas uma. Na pronúncia, o “gb” deve ser pronunciado de modo a produzir os dois sons, ou seja, os sons do “g” que é igual a /g/ e do “b” que é igual a /b/, ou seja: /gb/.
Em face do que foi falando anteriormente, esse fenômeno linguístico não se equivale aos dígrafos consonantais do português, a exemplo de “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “ch”, “nh”, “lh” “qu” e “gu”.
Os dígrafos da língua portuguesa, embora sejam escritos com duas letras, são pronunciados numa só emissão de voz, compondo apenas um fonema. Por isso que o “gb” do yorùbá não se equivale aos nossos dígrafos já que, ao ser pronunciado, é possível ouvir os dois sons distintos de “g” e de “b”. Entenderam?
Em yorùbá, temos as chamadas vogais nasais que equivalem aos nossos dígrafos vocálicos, são elas:
VOGAIS FONEMAS
AN,an /ã/
EM,em /ẽ/
IN,in /ĩ/
ON,on /õ/
UM,um /ũ/
A letra “N”, empregada depois das vogais, só serve como indicativo sonoro. Necessariamente não constitui um fonema em si mesma.
A vogal nasal “on” aparece sempre depois das consoantes B, F, GB, M, P e W nas palavras. Na frase “Èsú wa jú wo mòn mòn ki wo Odára”, a palavra “mòn” é um exemplo do uso. A vogal “an” é usada com as demais consoantes, a exemplo da palavra “inán” expressa na frase “Inán inán mo júbà e e mo júbà”.
As letras “n” e “m” em vogais nasais finais são sempre suprimidas na escrita, mas não na pronúncia. Exemplos ogá(n), iná(n), omi(n).
VOCABULÁRIO:
Iná(n): fogo
mòn: saber, entender, conhecer
ogá(n): cargo masculino no Candomblé
omi(n): água
yorúbà: povo negro do grupo sudanês, nome da língua desse povo.
TRADUÇÃO DAS FRASES:
“Èsú wa jú wo mòn mòn ki wo Odára”: Exu nos reconhece e sabe que o culto é bom.
“Inán inán mo júbà e e mo júbà”: Meus respeitos ao Exu do Fogo.
REFERÊNCIAS:
BENISTE, José. Dicionário yorùbá português. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.
BENISTE, José. Òrun àye: o encontro de dois mundos. 4.ed., Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
FONSECA JÚNIOR, Eduardo. Dicionário yorùbá português. São Paulo: Civilização Brasileira, 1988.
OLIVEIRA, Altair B. Cantando para os orixás. 4.ed., Rio de Janeiro: Pallas, 2012.
PORTUGAL FILHO, Fernandez. Guia prático de língua yorùbá. São Paulo: Madras, 2013.
WIKIPÉDIA. Língua iorubá. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_iorub%C3%A1. Aceso em: 14/07/2015.
Os Yorubas consideram tempo antes de luas e semanas. Uma lua, ou mês, é o período de tempo entre uma lua nova e a próxima e, como é o caso de todas as pessoas que contam as datas através de meses lunares. O dia começa no pôr-do-sol que é quando uma lua nova é vista
O costume de medir o tempo através de meses lunares parece ser comum a todas as pessoas das tribos e o retorno regular da lua em intervalos fixos de tempo se dispõe de um modo natural e fácil de computar sem que haja erros. A medida de tempo por semanas é substituto das divisões dos meses lunares. Eles seguiam a isto apesar do pouco conhecimento que eles tinham sobre o assunto, uma vez em que outros povos já dispunham de vários estudos sobre isso.
As tribos dos Tsi tinham uma semana de sete dias, e dividiam o mês lunar que é aproximadamente de vinte e nove dias inteiros e um meio dia longo, em quatro partes e, cada um dos sete dias com aproximadamente nove horas. Consequentemente, cada semana começava há uma hora diferente do dia. A razão deste arranjo é que vinte e nove e um meio dia não era divisível exatamente em meios e quartos. O primeiro dia da primeira semana do mês lunar começava quando a lua nova era vista primeiro; o primeiro dia da segunda semana começa umas nove horas depois, e assim por diante.
As tribos dos Gãs tinham um modo semelhante de medir o tempo, mas os nomes dos dias da semana são diferentes dos usados pelos Tsi e são:
1º. Dsu.
2º. Dsu-fo.
3º. Fso.
4º. Assim.
5º. Assim-ha.
6º. Ho.
7º. Ho-gba.
A semana dos Yorubas consistia em cinco dias, mas eram precisos seis para fazer um mês lunar; de fato, desde o primeiro dia da primeira semana que sempre começa com o aparecimento da o mês realmente contém cinco semanas de cinco dias duração. As tribos de Benin tinham um método semelhante e provavelmente aprenderam com os Yorubas.
Os Tsi e Gãs acrescentam algumas horas assim a cada semana de sete dias para fazer quatro destes períodos e coincidir com um mês lunar, e os Yorubas deduziam aproximadamente doze horas do último quinto dia da semana para fazer seis destes períodos e concordar com um mês lunar. A razão é óbvia. Vinte e nove e meio não daria 29 e os números mais próximos seriam vinte e oito ou trinta.
Nós dissemos que dividir o mês lunar em semanas parece ser excepcional entre as mais baixas raças, mas nós temos alguns exemplos. Os Ahantas que habitam a porção ocidental da Costa de Ouro dividem o mês lunar em três períodos, dois de dez dias duração, e o terceiro durava até que a próxima lua nova aparecesse.
Quando algumas tribos progrediram suficientemente no conhecimento astronômico, passaram a considerar o ano solar como uma medida de tempo. [1. A Coleção de Astley, vol. iii, pág. 397.].
Os gregos antigos tinham um mês civil de trinta dias, dividido em três semanas, cada um de dez dias; e o Javanese, antes de a semana de sete dias adotada dos maometanos, teve uma semana civil de cinco dias. O anterior assim se assemelhou ao Ahantas, e o posterior aos Yorubas, e nenhuma dúvida quando os gregos e Javanese consideraram o tempo através de meses lunares em vez de civil, eles, como o Ahantas e Yorubas, tiraram fora às horas supérfluas da última divisão do mês.
Os nomes dos dias da semana de Yoruba são como segue:- -
1. Ako-ojo. (Primeiro dia)
2. Ojo-awo. (Dia do Segredo - sagrado a Ifa).
3. Ojo-Ogun. (O Dia de Ogun)
4. Ojo-Songo. (O Dia de Songo)
5. Ojo-Obatala. (O Dia de Obatala)
Ako-ojo é um Sábado sagrado, ou dia de descanso geral. Era considerado um dia azarado, e nenhum empreendimento de importância é feito neste dia. Neste dia todos os templos são varridos e molhados para o uso dos deuses e feita uma procissão. Cada um dos outros dias é um dia de descanso para os seguidores do deus para o qual é dedicado, e para eles só Ojo-Songo que o Sábado seria sagrado para os adoradores do deus do trovão, e Ojo-Ogun, o deus do ferro, mas Ako-Ojo é um dia de descanso. Um dia santo é chamado Ose (se, desaprovar), e porque cada dia santo ocorre semanalmente, Ose também passou a significar a semana de cinco dias, ou o período que intervém entre dois dias santos.
Há uma boa razão para se ter um dia geral de descanso, não só entre os Yorubas, mas na maioria, se não todos, pois assim eles podiam parar e adorar a lua. O primeiro dia da primeira semana do mês lunar acontecia o aparecimento da lua nova, e era um dia de festa, ou dia santo sagrado à lua. Este dia santo, antes da invenção de semanas, ocorria periodicamente mensalmente, mas depois que o mês lunar foi subdividido em semanas isso ocorria periodicamente no primeiro dia da semana.
Os Mendis do interior de Leone de Sierra que consideravam os meses lunares não dividiam o mês em semanas, apenas mantinham a festa da lua nova, e se privavam de todo o trabalho neste dia, alegando que se eles infringissem esta de regra, o arroz cresceria vermelho, porque a lua nova é um "dia de sangue”.Disto podemos deduzir que era um hábito oferecer sacrifícios à lua nova. O Bechuanas da África do Sul mantinham as vinte e quatro horas a partir da noite em que a lua nova aparecia até a próxima noite, como um dia de descanso, e eles se abstinham de ir para os jardins. Estes são exemplos de lua mensal.
O primeiro dia da semana dos Tsi é na primeira semana do mês lunar que é o dia da lua nova, e é chamado Dyo-da (Adjwo-da) "Dia de descanso". Os outros dias da semana são, como fazem os Yorubas, o dia de descanso também, mas só para pessoas que não estão diretamente ligadas ao culto. O segundo dia, Bna-da é sagrado aos deuses do mar, e o Sábado é o dia sagrado para os pescadores; enquanto o quinto dia, Fi-da é o Sábado sagrado dos agricultores. O primeiro dia da semana dos Gãs também é um dia geral de descanso e é chamado Dsu, (Purificação). Dsu também parece ter sido usado como um título da lua, porque a palavra prata é chamada de dsu (substância da lua), ou (pedra da lua). Devido a concepções posteriores e mais antropomorfas de adoração, a adoração à lua parece ter desaparecido, entretanto todas essas pessoas saúdam agora a lua nova é vista no primeiro dia, e um epíteto dos Tsi da lua é bosun, (Sagrado), ou (Deus). Porém, quando a adoração da lua floresceu, a lua teria sido indubitavelmente um deus geral, adorado como um todo pela comunidade e, conseqüentemente o dia dedicado à lua é um dia geral de descanso e de todos.
Parece provável que o Sábado sagrado dos judeus também estava conectado com a adoração da lua, e no princípio havia uma festa mensal entre os Mendis e Bechuanas, mas se tornou uma festa semanal depois que os judeus adotaram a semana de sete dias dos babilônicos.
Nos livros históricos do Velho Testamento, Joshua, Juízes, e os livros de Samuel, e o primeiro livro de Reis, não há nenhuma menção de um Sábado sagrado semanalmente e é falado primeiro em II, Iv de reis. 23 há evidências que tal instituição era desconhecida; nas cercanias de Jerico, os eventos descreviam algo parecido. Samuel xxix e xxx, e o versículo 2 dos catorze dias de Solomon, há uma citação que diz: “não deixe nenhum homem sair do lugar dele no sétimo dia”, Mas enquanto o Sábado sagrado semanal não é mencionado, nós achamos uma festa da lua nova falada em todos os trabalhos posteriores, escrito depois do contato com os babilônicos onde há menção freqüente de Sábados sagrados, mas quase sempre com relação a luas novas, e o dia da lua nova era observado como um dia de descanso, ou Sábado sagrado. O Sábado sagrado judeu era chamado de sétimo dia, porque era o dia da lua nova, e, por conseguinte o primeiro dia do mês lunar.
Assim, o dia do Sábado é sagrado em Yoruba e ocorre periodicamente a cada cinco dias e é o quinto dia da semana, entretanto o significado do ako-ojo é primeiro dia.
No dia dedicado a um deus, nenhuma trabalho deveria ser feito pelos seguidores daquele deus, e parece ser um costume geral. Abstenção de trabalho foi considerada um modo de exibição de respeito ao deus, e como não cumprir um ato de respeito para um deus geralmente seria seguido por algum castigo infligido por ele, além de haver a crença de que dá azar trabalhar em um dia santo. Assim os Yorubas consideram azarado para qualquer um, trabalhar no alo-ojo, ou Sábado sagrado geral, e para os seguidores dos deuses para quem os outros dias são dedicados para trabalhar. Para um seguidor de um deus violar o dia sagrado para aquele deus é uma ofensa séria entre o Tsi, Gã, Ewe e tribos de Yoruba e entre os judeus que acreditavam que seriam castigados com a morte, pois eles eram mais severos quanto às honrarias dedicadas aos deuses. Na Costa do Ouro, qualquer pescador que ousou pôr para mar em Bua-da o Sábado sagrado do pescador, inevitavelmente, foi posto à morte. Pessoas que não eram seguidores dos deuses do mar poderiam fazer agrados a eles, pois para aquele espírito, só seus discípulos eram responsáveis por eles e por cumprir o descanso.
Entre os Yorubas, não se negocia no quinto dia. O dia do mercado varia em distritos municipais diferentes, mas nunca acontece no alo-oljo. Este costume de fechar os mercados em cada quinto dia era outro modo de computar o tempo, isto é, surgiu antes dos períodos de dezessete dias, eta-di-ogun chamado (três menos que vinte). Este é o resultado das sociedades de Esu, que há entre as tribos dos Yorubas e ainda existe, debaixo do mesmo nome e, entre os negros de Yoruba que vive nas Bahamas. Os sócios de uma sociedade de Esu se encontram em cada quinto dia no mercado e pagam as subscrições deles, cada sócio paga para participar das reuniões. Os primeiros cinco dias de mercado são contados e assim o número dezessete é obtido. Por exemplo, supondo que o segundo dia de um mês era um dia de mercado, o segundo dia cairia no 6º, o terceiro no 10º, o quarto no 14º, e o quinto no 18º. O quinto dia do mercado no qual os sócios se encontravam e pagavam as subscrições deles, era contado novamente como a primeira das próximas séries. Estes clubes ou sociedades eram comuns e o período de dezessete dias se tornou um tipo de medida auxiliar de tempo.
Osan é dia, e oru, noite. A divisão do dia e da noite em horas não era conhecida, mas o dia era dividido nos períodos seguintes, kutu-kutu, começo matutino; owuro, manhã; gangan, ou gangan de osan (gangan, vertical, perpendicular), meio-dia; iji-ela kpale (sombra-alongando), tarde; e asale, ou asewale, noite, crepúsculo. A noite era dividida em períodos do galo gritar de alegria, como akuko-shiwaju (a abertura do galo), galo gritando de alegria primeiro; ada-ji, ou ada-jiwa, tempo do segundo galo gritar de alegria; e ofere, ou ofe, o tempo de galo gritar de alegria e logo antes do amanhecer.
Odun quer dizer "Ano" e, como a palavra ose, "semana", também era dia de uma festa anual que era célebre em outubro.
O ano era dividido em estações: Ewo-erun, estação seca; Ewo-oye, estação do vento de Harmattan; e Ewo-ajo, estação chuvosa. O último é dividido novamente em ako-ro, primeiro período de chuvas, e aro-kuro, últimas chuvas, ou pequena estação chuvosa.
ALFABETO
O alfabeto Yorùbá constitui-se de 25 letras, sendo 18 consoantes e 7 vogais:
A B D E E F G GB H J K L M N O O P R S S T U W Y.
"Para aqueles que entram em contato com o yorùbá pela primeira vez, talvez seja interessante saber que este idioma originário da África ocidental, de regiões que hoje fazem parte das repúblicas da Nigéria e do Benin, é uma língua milenar , com relatos de muitos séculos de história antes da chegada dos europeus à capital de seu reino, Ilê-Ifé. Ao lado do haússa, o yorùbá é uma das mais importantes línguas da Nigéria, sendo falado por aproximadamente 25 milhões de pessoas naquele país e por milhões de descendentes de escravos africanos em países onde houve algum espaço para a cultura yorùbá sobreviver, como no Brasil, na forma conhecida como nagô, e em ”Cuba.”(Pierre Fatumbi Verger).
As palavras em Yoruba têm vários tipos de acentuação e cada uma delas define a pronúncia correta, e faz grande diferença quando uma palavra não é acentuada, pois isto modifica o seu sentido”.
A tabela abaixo informa os fonemas, a pronúncia das consoantes juntamente com as vogais:
CONSOANTES
VOGAIS
A
E
E
I
O
O
U
B
ba
bê
bé
bi
bô
bó
bu
D
da
dê
dé
di
dô
dó
du
F
fa
fê
fé
fi
fô
fó
fu
G
ga
guê
gué
gi
gô
gó
gu
GB
güa
güê
güé
güi
güô
güó
güu
H
rra
rrê
rré
rri
rrô
rró
rru
J
dja
djê
djé
dji
djô
djó
dju
K
ca
quê
qué
qui
cô
có
cu
L
la
lê
lé
li
lô
ló
lu
M
ma
mê
mé
mi
mô
mó
mu
N
na
nê
né
ni
nô
nó
nu
P
pua
puê
pué
pui
puô
puó
puu
R
ra
rê
ré
ri
rô
ró
ru
S
ssa
ssê
ssé
ssi
ssô
ssó
ssu
S
xa
xê
xé
xi
xô
xó
xu
T
ta
tê
té
ti
tô
tó
tu
W
ua
uê
ué
ui
uô
uó
uu
Y
Ia
Iê
Ié
Ii
Iô
Ió
Iu
CONSOANTES
B – COMO EM BINGO
D – COMO EM DIDI
F – COMO EM FILHO
G – COMO EM GUDE
GB – COMO EM FREQÜÊNCIA
H – COMO EM ILHA
J – COMO EM DJALMA
K – COMO EM CASA
L – COMO EM LIÇÃO
M – COMO EM MINGAU
N – COMO EM NILDA
P – COMO EM PILHA (som de KP tem que ser lido junto)
R – COMO EM RICARDO
S – COMO EM SINUCA
S – COMO EM XÍCARA
T – COMO EM TIME
W – COMO EM WILSON
Y – COMO EM MAYO
VOGAIS
A tem o som como na palavra em português: fala, água
A tem o som como na palavra em português: fala, água
È tem o som como na palavra em português: dez, ela
É tem o som como na palavra em português: serrote.
E tem o som como na palavra em português: céu, pé
I – tem o som como na palavra em português: vida
Ò em o som como na palavra em português: porta.
Ó tem o som como na palavra em português: por.
O – tem o som como na palavra em português: só
U tem o som como na palavra em português: uva.
(`) àmì òkè (acento agudo) pronunciado com tom alto
(´) àmì isúlè (acento grave) pronunciado com tom baixo.
( ) àmì uhun àárín (sem acento) o tom é intermediário (médio).
(~) àmì fàágùn (significando a vogal repetida) ã = aa, õ = oo, ë = ee.
(.) sinal colocado sob uma vogal significando que seu som é aberto e sob uma consoante, no caso o S significando o som como o do X ou CH.
Como vimos, as vogais (e) e (o) têm pronúncias abertas ou fechadas, indicadas pelo ponto sob elas.
PRONOMES PESSOAIS
EMI - EU
IWO – VOCÊ
OUN – ELE, ELA
AWA – NÓS
ENYIN – VOCÊS
AWON – ELES, ELAS
FORMA REDUZIDA
MO- NG - EU
O - TU
Ò - ELE
A - NÓS
E - VÓS
WON - ELES
PRONOME POSSESSIVO
TEMI - MEU TIRE,
TIE - TEU TOUN,
TION - SEU
TAWA, TIWA - NOSSO
TIYIN, TEYIN, TEIN - VOSSO FORMA REDUZIDA
MI - MEU
RE - TEU
WON - SEU
WA - NOSSO
PARA FORMAR GERÚNDIO (o gerúndio indica uma ação que está sendo realizada), COLOCA-SE UM “N” ANTES DO VERBO. O VERBO IR “LQ É USADO COMO PASSADO EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA. FICARIA ENTÃO O PASSADO ASSIM: “NLO” , LEIA-SE UNLO. A PRONÚNCIA N” É “UM”. “NLO” SIGNIFICA INDO.
Ex.: Eu estou indo para o mercado – ÈMI NLO SÓ OJA
A CONJUGAÇÃO DO VERBO NO TEMPO PASSADO NÃO SE ALTERA.
TEMPO FUTURO:
NA GRAMÁTICA YORÙBÁ, A CONJUGAÇÃO DO VERBO NO TEMPO FUTURO É A PALAVRA “YIO” QUE SEMPRE ACOMPANHA O VERBO.
ÉMI YIO LO - Eu irei
IWO YIO LO - Tu iràs
ÒUN YIO LO - Ele irá
ÀWA YIO LO - Nós iremos
EYIN YIO LO - Vós ireis
ÀWON YIO LO - Eles irão
Obs.: YIO é uma das palavras (pré-verbo que faz o tempo futuro); Ò é a forma reduzida de YIO.
AJEJÌ É UMA DENOMINAÇÃO PEJORATIVA DOS JOGOS E SIGNIFICA ESTRANGEIRO.
ALEJO – VISITA ( DOIS VERBOS JUNTOS, ONDE A ÚLTIMA SÍLABA DO PRIMEIRO É
ESTENDIDA.)
PLURAL EM YORUBÁ
O Plural não é formado pela adição da letra "s" ou quaisquer outras modificações das palavras, como no Idioma Português. O Plural é formado pela adição dos pronomes:
ÀWON – ELES, ELAS
ÈYIN – VOCÊS
PRONOMES INTERROGATIVOS:
IBO - DE ONDE
KI - QUEM É
ÈLONI - QUANTO
NIBO, NI - ONDE
NIIGBAWO, NIGBATI, NIGBA-GBA, NIGBAWONI - QUANDO
NIN NI, KINI - QUE, O QUE?, QUAL?
NITORI KINI - PORQUE? INTERROGATIVO
NITORI PÉ – PORQUE (CAUSATIVO)TANI – QUEM É?
KINI – O QUE É?
NIBO NI – ONDE É?
TANI IWO – QUEM É VOCÊ?
TANI OUN – QUEM É ELE?
PRONOMES POSSESIVOS
O POSSESSIVO DE ÀWON (eles e elas) é WON
O POSSESSIVO DE IWO (você) é RE
O POSSESSIVO DE ÒUN (ela, ele) é RÈ
PÈLÚ MI – comigo
PÈLÚ RE - contigo
PÈLÚ WA - conosco
PÈLÚ YÍN - convosco
TEMI – meu(s), minha (s)
TIRE – teu(s), tua(s), seu(s), sua(s)
TIWA – nosso(s), nossa(s)
TIYIN – vosso(s), vossa(s)
TIWON – dele(s), dela(s)
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
ÈYI (éii), YÍ (ii) – este, esta, isto
WÒNYÍ (aounii) – estes, estas
ÌYEN (iién) YEN - esse, essa, isso
WÒNYEN (ónién) – esses, essas
Obs.: Em Yorùbá não aceita a forma Tu e Vós – substitui por você, vocês.
Contigo e convosco não são usados e sim “com você” e “com vocês”.
NÁ, NI – esse, isso, aquele, aquela, aquiloIWONNI, WONNI, ÀWONNÁ – esses, essas, aqueles, aquelas
PRONOMES INDEFINIDOS
ENÌKAN, ENIKENI, KOSÉNIKAN - ninguém, alguém
KÓ SÍ ENÌKAN - não há ninguém
GBOGBO – toda, tudo, todas
ÒMÍRÀN, ELÓMIRÁN – outro, outra, outros, outras
DÍÈ - pouco, pouca, poucas
DIÈ - algum, alguns, alguma, algumas
ORÍSÍRÍSI, ONIRÚURÚ - vários
ÈYÍÈYÍ - qualquer um deste
EYÌÍKÉÈYÌÍ - qualquer
ÌYATO - diferença
OKÒÒKAN – certo, certos, certa, certas
ÒPÒ, OLOPO-ÒPO, PUPO – muito, muitas
ÀÌSINKAN - nada
OBS.: 1) PRONOME PESSOAL DA 3a. PESSOA DO SINGULAR NÃO É USADO DE FORMA
NEGATIVA
2) A MANEIRA DE EXPRESSAR EMOÇÕES É DIFERENTE DA NOSSA. GERALMENTE A PESSOA NÃO É O SUJEITO DO VERBO.
3) PRONOMES PESSOAIS NO FINAL DA FRASE DEVEM SER USADOS NA SUA FORMA CONTRAÍDO.
EX.: VOCÊ É UM BANDIDO – ÌWO NI OLÓSÀ
ARTIGOS
NÁ - A,
O ÀWON NÀ -
OS AS KAN-YEN, NIBE,
LÁ - UNS,UM,UMA,UMAS ATI -
E, COM ,PELO, DE, PARA NINU -
EM SUGBON -
MAS NIBI, IBI -
AQUI NA-NI-NIHIN -
AQUILO PARA DIZER SIM OU NAO USA-SE O PREFIXO BEEBEENI -
SIM OU ASSIM BEEKO -
NÃO OU ISSO NÃO KO - NÃO
VERBOS
BASE – ajudar a fazer
BE – pular
BERE - perguntar
BI – nascer
BUJE - morder
DE – chegar
DO – relações sexuais
FE – querer, casar
FERAN - gostar
FUN – dar
GE - cortar
GBA – receber, jogar
GBADURA – rezar
GBE – carregar, morar, viver
GBIN – plantarGBO – latir
GBO – ouvir, escutar
IKILO – proibir
JÁ - brigar
JADE - sair
JE – comerJI – dormir
JOKO – sentar
KA – ler
KO – aprender, ensinar, escrever
KOJA – passar
KO EKO – aprender
KU - faltar
KUNLE – ajoelhar
LALA – sonhar
LE – poder
LO - usar
LO – ir
MO – saber
MU – pegar, beber
MUWA - trazer
NI – ser, ter
NIFE - amar
PADA - voltar
RA – comprar
RAN – costurar
RANLOWO – ajudar
RANTI - lembrar
RERIN – sorrir
RI - ver
RO – pensar achar
SANWO - pagar
SARE – correr
SE – fazer
SERE – brincar
SERE LO - passear
SIN – cobrar
SISE - trabalhar
SO – falar, dizer
SONU – perder
SORO – falar
SUN – dormir
TA – vender, jogar (jogo)
TAPA - chutar
TORO – pedir
WA – estar
WA BO - vir
WE – nadar, tomar banho
WI – dizer WO – olhar
WO – pegar, calçar, vestir
WORAN – assistir
VERBO SER
ÈMI NÌ – eu sou
ÌWO NÌ – tu és
ÒUN NÌ – ele/ela é
ÀWO NÌ – eles são
ÀWA NÌ – nós somos
VERBO FALAR
OUN YÍÓÒ SÓÓRO – ele falará
EMI TI SÓÓRO – eu falei
IWO TI SÓÓRO – tu falaste
OUN TI SÓÓRO – ele falou
NO CASO DO PRESENTE CONTINUOACRESENTAMOS A LETRA N ANTES DO VERBO
EMI N´SÓÓRO – estou falandoI
WO N´SÓÓRO - estás falando
OUN N´SÓÓRO – está falando
Obs.: O verbo LO = IR, é sempre lido no tempo passado, desde que não tenha partícula indicativa de tempo.
ORDEM DAS PALAVRAS NA FRASE
1 – Quando uma frase em português começar por pronome acompanhado de substantivo na tradução Yorùbá, o substantivo vem antes do pronome.
Ex.: Meu pai, como vai?
Bàbá mi, sé dáda nì?
Bàbá mi, sé àláàfíà nì?
2 – Quando uma fase em Yorùbá começar por um substantivo seguido de um pronome, na tradução para o português, ocorrerá inversão.
Ex.: Seu nome é Mônica
Orúko re nì Mônica
O pronome vem antes do substantivo.
3 – Quando uma frase em Yorùbá começar por dois substantivos e um pronome proposto, para se traduzir para o português começa pelo primeiro substantivo e depois aplica o exemplo 2, em que o pronome vem antes do segundo substantivo.
Ex.: Nome do meu pai é Omolaje
Orúko bàbá mi nì Omolaje
Onde: Orúko (nome) primeiro substantivo
Bàbá (pai) segundo substantivo
Mi (meu) pronome que vem depois do segundo substantivo.
4 – Quando uma frase em português termina com um pronome e um substantivo juntos, para traduzir para o Yorùbá, no final da frase, o substantivo vem antes do pronome.
Ex.: Marlene quer ir para a casa da sua amiga (amiga dela).
Marlene fee lo si ilé òré rè
DIAS DA SEMANA
OJÓ AJÉ - SEGUNDA-FEIRA
OJÓ ÌSÉGUN - TERÇA-FEIRA
OJÓ OJORÚ - QUARTA-FEIRA
JÓ BÒ, OJÓ OJOBÒ - QUINTA-FEIRA
OJÓ ETÍ - SEXTA-FEIRA
OJÓ ÀBÁMÉTA - SÁBADO
OJÓ ÌSÌMI, OJÓ ÀIKÚ - DOMINGO
OJO - DIA
OSE - SEMANA
OSU - MÊS
ODUN - ANO
IGBA - MOMENTO, TEMPO, ÉPOCA
MESES DO ANO
SÈRÉ - JANEIRO
ÈRÈLE - FEVEREIRO
ÈRÈNÀ - MARÇO
ÌGBÉ - ABRIL
ÈBÌBI, EBELI - MAIO
ÒKÚDU - JUNHO
AGEMO - JULHO
ÓGÙN - AGOSTO
ÒWEWE - SETEMBRO
ÒWÀRÀ - OUTUBRO
BÉLÚ - NOVEMBRO
ÒPE - DEZEMBRO
NÚMEROS – AWON NOMBA
1 – OKAN, KAN, EKINI
2 – EJI, MEJI, EKEJI
3 – ETA, META, EKETA
4 – ERIN, MERIN, EKERIN
5 – ARUN, MARUN, EKARUN
6 – EFA, MEFA, EKEFA
7 – EJE, MEJE, EKEJE
8 – EJO, MEJO, EKEJO
9 – ESAN, MESAN, EKESAN
10 – EWA, MEWA, EKEWA
11 – OKANLA, MOKANLA, EKEKANLA
12 – EJILA, MEJILA, EKEJILA
13 – ETALA, METALA, EKETALA
14 – ERINLA, MERINLA, EKERINLA
15 – EDOGUN, MEDOGUN, EKEDOGUN
16 – ERINDINLOGUN
17 – ETADINLOGUN
18 – EJIDINLOGUN
19 - OKANDINLOGUN
20 – OGUN
21 – OKANLELOGUN
22 – EJILELOGUN
23 – ETALELOGUN
24 – ERINLELOGUN
25 – EDOGBON, ARUNLELOGUN OU ARUNDINLOGBON
26 – ERINDINLOGBON
27 – ETADINLOGBON
28 – EJIDINLOGBON
29 - OKANDINLOGBON
30 – OGBON
31 – OKANLELOGBON
32 – EJILELOGBON
33 – ETALELOGBON
34 – ERINLELOGBON
35 – ARUNLELOGBON OU ARUNDINLOGOJI
36 – ERINDINLOGOJI
37 – ETADINLOGOJI
38 – EJIDINLOGOJI
39 - OKANDINLOGOJI
40 – OGOJI
50 – ADOTA
60 – OGOTA
70 – ADORIN
80 – OGORIN
90 – ADORUN
100 – OGORUN
ADVÉRBIOS DE TEMPO
ARO - manhã
FERE - manhã (cedo)
OSAN - tarde (13:00hs às 16:00hs)
IROLE - tarde (16:00hs às 19:00hs)
ALE - noiteORU - madrugada
FORMAS DE CUMPRIMENTAR
KARO ................. Bom dia
KASAN ............... Boa tarde (1200hs às 16:00hs)
KUROLE ............. Boa tarde (16:00hs às 19:00hs)
KALE .................. Boa noite
KABO ................ Bem vindo
KULE ................. Para entrar em um ambiente
O DABO ............ tchau
O DARO ............ até amanhã
O DI OJUMO .... até amanhã
SE ALAFIA NI?... Como vai ?
BAWO NI?........ Como está ?
COMO FORMAR FRASES
EU TE SAÚDO (RESPEITO) - MO JUBA
EU TE CUMPRIMENTO (OI) - MO KI E
ESTOU FELIZ EM CONHECÊ-LO - INU MI DUN LATI MO O EU GOSTO DE VOCÊ - MO FERAN E EU TE AMO - MO NIFE E MEU CORAÇÃO SABE QUE EU TE AMO - OKAN MI MO WIPE MO NIPE E QUE DEUS LHE ABENÇOE - ABUSI OLUWA FUN EBOA SORTE - IRE O!
EU ESTOU APRENDENDO A LÍNGUA YORÙBÁ – ÈMI NKÓ ÈDE YORÙBÁ
EU QUERO COMER – ÈMI FÈ JE BÙRÉDÍ
ELE, ELA QUER BEBER ÁGUA – ÒUN FÉ UM OMI
VOCÊ NÃO SABE MEU NOME – ÌWO KÒ MÒ ORÚKO MI
BOM DIA, PAI ou PAI, BOM DIA! - BÀBÁ E! E KÁÀRÒ BÁBÀ!
MENCIONE, PRONUNCIE SEU NOME – DÁRÚKO ORÚKO RE
O NOME D MEU PAI É ADÈFÚNMI – ORÚKO BÀBÁ MI NÌ ADÈFÚNMI
CLAUDIA GOSTA MUITO DE COMIDA – CLAUDIA FÉRAN ONJÉ PÚPÒ
VOCÊ QUER IR DORMIR? SÉ ÌWO FÉ LO SÙN?
EU NÃO TENHO DINHEIRO – ÈMI KÒ NÍ OWÓ ÈMI KÒ LÓWÓ
MEU FILHO, VENHA COMER ou VENHA COMER, MEU FILHO – OMO MI WÁ JEUN ou WÁ JEUN OMO MI.
EU GOSTO DE ROUPA BRANCA – ÈMI FÉRAN ÈWÙ FÚNFÚN
O QUE ACONTECEU COM VOCÊ? – KILÓ SE PÈLÚ E?
VOCÊS ESTÃO INDO PARA SUAS CASAS – EYIN NLO SÍLÉ YÍN
MEU IRMÃO/IRMÃ MAIS NOVO(A) POR FAVOR, VENHA – ÀBÚRÒ MI JÒWÓ WÁ.
EU NÃO VIM – ÈMI KÒ WÁ.
EU NÃO FUI – ÈMI KÒ LO
EU QUERO SUA OPINIÃO – ÈMI FÉ ÌRO RE.
VOCÊ NÃO TEM FORÇA – ÌWO KÒ NÍ AGBÁRA
NOSSO PROFESSOR É ESTRANGEIRO – ÒYINBÓ NÌ ÒLÙKÓ WA.
POR FAVOR, SENTE-SE NA CADEIRA – E JÒWÓ, É JÓKO LÓRI ÀGA.
ELE NÃO GOSTA DE COCO – ÒUN KÓ FÉRÀN JE ÀGBON
VOCÊ É BURRO – ÌWO NÌ ALÁÀÍMÒ
EU NÃO SOU BURRO – ÈMI KÌÍ SE ALÁÀÍMÒ
EU NÃO SOU IMPRESTÁVEL – ÈMI KÌÍ SE ALÁKÓRÍ
KÓ – é a negativa de NÌ – ser ; KÌÍ SE – é a negativa de JÉ – ser: JÉ – é usado para definir
DÁ-ME UM EXEMPLO – FÚN I NI ÀPÈRE
EU NÃO GOSTO DE BARULHO – ÈMI KÓ FÉRAN ARIWO
MEU DESTINO É DE SER REI – ÀYÀNMÓ MI NÌ LÁTI JÉ OBA
O NOME DO MEU FILHO SERÁ FELICIDADE – ORÚKO OMO MI YIO JÉ AYÒ
EU TENHO FELICIDADE – ÈMI NÍ AYO PÚPÒ
ESTE É O MEU LIVRO – ÈMI NÌ ÌWÉ MI ou ÌWÉ MI NÌ YÍ
AQUELE É O MEU LIVRO – ÌWÉ MI NÌ YEN
EU QUERO QUE VOCÊ PERGUNTE – ÈMI FÉ KÍ O BÈÈRÈ
EU PULEI POR CIMA DA ÁRVORE – ÈMI FÒ LÓRÍ IGI
EU NÃO GOSTO DE IMPLORAR – ÈMI KÒ FÉRAN BÈBÈ
A PROVA COMEÇARÁ AMANHÃ – ÌDÁNWÒ YIO BÈRÈ LÓLA
EU NÃO TENHO MEDO NEM DE CACHORRO NEM DE COBRA – ÈMI KÒ NÍ BÈRÚ AJÁ TÀBÍ EJÒ
A ESPOSA DE MEU AMIGO DEU À LUZ A UM FILHO - YIÁWÒ ÒRÉ MI FIFÚN ÌBÍ OMO ÒKÙNRÌN
MEU AMIGO ESTÁ COMENDO FEITO CACHORRO – ÒRÉ MI NJEN BÍ AJÁ
VOCÊ ESTÁ ZANGADO COMIGO? - SÉ ÌWO BÍNÚ PÈLÚ MI?
ANDRÉIA, CHOVERÁ AMANHÃ PORQUE EU TENHO CERTEZA – ANDREIA, LÓLA ÒJÒ RO NÍTORÍ PÉ
EU VOU COZINHAR, EU ESTOU INDO COZINHAR – ÈMI NLO SÈ
EU NÃO TENHO AMIGO ASSALTANTE – ÈMI KÒNÍ ÒRÉ DÁNÀDÁNÀ
AQUELA GAROTA É BONITA - OMODÉBINRIN YEN LÉWÀ
SEU AMIGO JÁ CHEGOU EM CASA? - SÉ ÒRÉRE Ó TI DÉLÉ?
AQUELE GAROTO NÃO É BONITO – OMODÉKÙNRIN YEN KÒ LÉWÀ
MEU AMIGO JÁ CHEGOU EM CASA – ÒRE MI KÒ DÉLÉ
EU VOU VER MEU MÉDICO – ÈMI NLOO RÍ DÓKÍTÀ MI.
VOCÊ É UMA PESSOA SUJA – ARA RE DÒTÍ
MINHA BLUSA ESTÁ SUJA – ÈWÙ MI DÓTÍ
POR FAVOR, NÃO ME SUJE – E JÒWÓ MÁ DÒTÍ MI
EU VOU ME DEITAR – ÈMI FÉÉ LO DÙBÚLÈ
EU DEI DINHEIRO A ELE, MAS NÃO ME AGRADECEU – MO FÚN UM OWÓ NI, SÙGBÓN KÒ DÚPÉ LÓWÓ MI
MARCOS, ESPERE-ME POR FAVOR – MARCOS, E JÀWÓ, DÚRO DÈ FÚN MI
FOME NÃO É BOM – EBI KÒ DÁRA
MEU AMIGO ESTÁ COM FOME – EBI NPA ÒRÉ MI
VOCÊ NÃO ESTÁ COM FOME – EBI KÒ PA Ó
MINHA MÃE ME DEU UM OSSO – ÌYÁ MI FÚN MI NI EEGUN
EU TENHO UMA FERIDA NA CABEÇA – ÈMI NÍ OGBÉ LÓRÍ
EU QUERO QUE UMA PESSOA ME COMPRE UM PÃO – ÈMI FÉ ENIKAN LÁTI RÀ BÙRÉDÌ FÚN MI
MEU PAI NÃO TEM LUCRO – BÀBÁ MI KÒ NÍ ÈRÈ
EU VI UM MICO EM CIMA DA ÁRVORE – ÈMI RÍ EDUN KAN LÓRI IGI
EU TENHO DOR DE CABEÇA – ORÍ NFÓ MI
VOCÊ! ME DÊ AQUELE GIZ – E! FÚN MI NI EFUN ÌKÒWÉ YEN.
POR FAVOR, FRITE AIPIM PARA MIM – E JÒWÓ DÍN ÈGÉ FÚN MI
A BOCA DO MEU AMIGO É MUITO GRANDE – ENU ÒRÉ MI TÓBI PÚPÒ
VOCÊ É UM ANIMAL – ÌWO NÌ ERANKO
SENTE-SE AQUI – E JÓKO NÍBÍ
VOCE DEVE RESPEITAR A SUA MÃE – ÌWO GBÓDÒ ÒWÒ ÌYÁ RE
EU TENHO DOIS CARROS – ÈMI NÍ OKÒ MÉJI
POR FAVOR - DAKUN
VOU FUMAR - LO MUN .
ESTOU COM DUVIDAS - N'PELU KO DAJU
TER DUVIDAS SOBRE... - SIYÈMÈJI ...
QUE HORAS SÃO? - KI WAKATI NI?
QUAL O SEU NOME? - NÍN NI NÁ TIRÈ ORÚKÓ?
VOU BEBER AGUA - EMI LÓ MU MUN OMI
ESTOU COM FOME - JABALA NJÁ MI
EU VOU AO BANHEIRO - EMI LÓ IBALUWE
ATE A PROXIMA AULA - NÁ NÁ ISUNMO
PROVÉRBIOS
Os Yorubas têm um número extraordinário de declarações proverbiais, e é considerado por eles como uma prova de grande sabedoria, de onde vem a declaração: "Um consultor que entende de provérbios, entende de jogos". Eles estão em uso constante, e outra declaração ocorre: "Um provérbio é a conservação do cavalo”.
Provérbios e conversação seguem juntos e eles possuem muitos como os transcritos abaixo:
“Ùnjé Pè Ìlú Ìlá Àjé Ùnló”
Quem Come Quiabo Não Pega Feitiço
Kí Èsù àti Ògún rànlówo o fihàn òna re”.
Que Exú e Ogum ajude você a encontrar seu caminho
“A dùn íse bi ohun tí Òlodumarè l’owo sí. A sòrò íse bi ohun tí Òlodumarè kò l’owo sí”
Fácil de fazer como aquilo que recebe a aprovação do criador; difícil como aquilo que o criador não aprova
Àgbà-Ìjénà/Àpá k’ómo re i wá
Senhor, guardião do caminho, prodigalidade traz para seus filhos.
Ẹni bá ṣe oun tí ẹnìkan ò ṣe rí á rí ohun tí ẹnìkan ò rí rí
Quem faz o que ninguém fez, vai experimentar aquilo que ninguém experimentou
Ọkàn ríran ju ojú lọ
O coração pode ver muito mais profundamente do que os olhos.
Enia lásán po ju igbe; enia rere han jú ojú.
As pessoas más são comuns como os arbustos, mas as boas são raras como os olhos.
Òwe Yorùbá: Bí orí bá ti mọ, là ńdá fìlà fún un.
Tal como a cabeça é (em tamanho), são feitos os chapéus para ela
Ọ̀rọ̀ wèrè ló máa ńyàtọ̀, ti ọlọ́gbọ́n máa ńbá ara wọn mu ni.
É a opinião dos tolos que geram divergências, a dos sábio geram união.
Ajejé owo kan ko gbe igbá de orí.
Com apenas uma mão não se pode levantar uma cabaça cheia na cabeça.
Òsun sure fun wà kó ire tò é wá Alafiá ati pupò ayó òjòjò
Que Oxum te abençoe e te traga muita paz e felicidade todos os dias
Òwe Yorùbá: Èyàn kì í mọ iyì ohun tó ní, àfi tó bá sọọ́ nù
O homem raramente aprecia aquilo que ele tem até perdê-lo.
Bi oni ti ri, ola ki iri be, ni imu babalawo difa orurún.
É pouco provável que as coisas de amanhã seja igual que a de hoje, é por isso que o Bàbáláwo consulta o oráculo de lfá a cada cinco dias
Elejo kì ímo ejo ro l’ebi k’ó pe lorí ìkúnle.
Aquele que admite suas faltas não as paga por muito tempo.
Obe nké ilé ara re ó ní oùn mba àko je.
A faca está destruindo sua própria casa, e você pensa que está simplesmente cortando um telhado velho.
Asape fun were jo, on ati were okanná
Aquele que bate palmas para que um louco dance é tão louco ele
Àdágún silè takète kosése
Não se deve iniciar a guerra e ir embora
Bí abá so òkò sójà ará ilé eni ní bá
Aquele que atira pedras ao mercado corre o risco de atingir um parente
Tí aṣeni bá ní ibi mefa yoo fi Ikan tabi Meji si ara re
Se um homem perverso está armado com seis maus caminhos ele vai prejudicar a si mesmo com um ou dois
Umbotê Kelembeketá Nzambi Atandú Mukuônso
A beleza é a sombra de Deus sobre o Universo
Eni para buru mo ko kan fe Pawa Dà ni
Um sujeito perverso está ciente de que ele é mau, ele simplesmente não quer mudar
Tí èyàn yoo bá huwa kan Eni ó ko Ranti esan kan ola
Antes de um ato de hoje, deve-se considerar o resultado de amanhã
Bi omodé da ilè, ki o má se da Ògun
Uma Pessoa pode trair tudo e todos na terra, só não se deve trair Ogum
Ojú tó Ribi tí ko fo, a ira de ló ńdúró
Os olhos que viram o mal e não ficaram cegos, é só esperar para ver o bem
Ori Je Pe Ori Je Mi
O ori do vencedor busca a vitória
Tí Ayé bá tojú Agba bàjẹ, àìmọwàá Nhu won ni.
Se reina a turbulência sob a acusação de um ancião, deve ser devido ao seu mau comportamento
Eni bá jale lẹẹkan, a Ba Daso Arán bo Orí, Aso ole ló Dà bora.
Quem rouba uma vez, mesmo vestido de veludo, um ladrão, ele permanece
Eni Oyin você Yio o ko apatia ou wo inu ake oju.
Quando um homem quer algo deve estar disposto a pagar por isso.
Roo kí o ver, o San ju Kí o Santa kí o para roo.
Pense antes de agir, é melhor que agir antes que você pense
Wọ́n ń pe gbẹ́nàgbẹ́nà ẹyẹ àkókó ń yọjú. (Wọ́n ń pe gbẹ́-ọ̀nà-gbẹ́-ọ̀nà ẹyẹ àkókó ń yọjú.)
Eles estão chamando sai para um carpinteiro e do pica-pau se apresenta.
Awọ ẹlẹ́dẹ̀ ò ṣéé ṣe gbẹ̀du.
Não se usa o couro de porco para fazer o gbẹ̀du (um tipo de tambor).
Àgbà òṣìkà ń gbin ìyà sílẹ̀ de ọmọ rẹ̀. (Àgbà òṣìkà ń gbin ìyà sílẹ̀ de ọmọ rẹ̀.)
Um ancião perverso semeia sofrimento para seus filhos.
Ogún ọdún tí ebí ti ń pa ọ̀gà, ìrìn-in fàájì ò padà lẹ́sẹ̀-ẹ rẹ̀. (Ogún ọdún tí ebí ti ń pa ọ̀gà, ìrìn-in fàájì ò padà ní ẹsẹ̀-ẹ rẹ̀.)
Por vinte anos que o camaleão passa fome, ele não abandonou sua maneira tranquila e digna de andar.
Ìlù kan ò tó Ègùn jó; bí a bá lù fún un a máa lu àyà.
Um tambor somente não é suficiente para Egun para dançar, se toca tambor para ele, ele também bate no seu próprio peito (para fazer ritmo).
Aṣiwèrè èèyàn ló ń sọ pé irú òun ò sí, irú ẹ̀ pọ̀ ju ẹgbàágbèje lọ. (Aṣiwèrè ènìyàn ni ó ń sọ pé irú òun ò sí, irú ẹ̀ pọ̀ ju ẹgbàágbèje lọ.)
Apenas uma pessoa tola vai alegar que não há nenhum como ele; sua laia abunda.
Ikú ló mẹ́ja kákò. (Ikú ni ó mú ẹja kákò.)
É a morte que fez o peixe ficar dobrado.
Ìbínú lọbá fi ń yọ idà; ìtìjú ló fi ḿbẹ́ ẹ. (Ìbínú ni ọbá fi ń yọ idà; ìtìjù ló fi ḿbẹ́ ẹ.)
O rei tira sua espada por estar com raiva, e para não passar vergonha, decapita.
Ìgbà kan ń lọ ìgbà kan ḿbọ̀, ẹnìkan ò lo ilé ayé gbó.
Uma estação vai outro vem, uma pessoa não pode usar a terra para sempre.
Eku tí yóò pa ológìnní ò ní dúró láyé. (Eku tí yóò pa ológìnní ò ní dúró ní ayé.)
O rato que vai matar um gato não vai continuar na terra.
A kì í láhun k’á ní'yì. (A kì í ní ahun kí a ní iyì.)
Nós não podemos ser mesquinhos e ser querermos ser honrados por isso.
O kò bá òkun máwo, o ò bá ọ̀sà mulẹ̀; abẹ́rẹ́ ẹ-ẹ́ bọ́ sódò o ní o ó yọ ọ́. (O kò bá òkun mọ awo, o ò bá ọ̀sà mu ilẹ̀; abẹ́rẹ́ ẹ-ẹ́ bọ́ sí odò o ní o ó yọ ọ́.)
Você não fez nenhum pacto secreto com o rio e não entrou em aliança com o oceano, sua agulha cai no córrego (no mar) você propôs para a recuperar.
Kékeré láti ń pa èèkan ìrókò, tó bá dàgbà tan ẹbọ ló máa gbà. (Kékeré ni a ti ń pa èèkan ìrókò, tí ó bá di àgbà tan ẹbọ ló máa gbà.)
É melhor domar/podar a raiz da árvore de Iroko cedo quando cresce pede sacrifício.
Ogun tí olójúméjì-í rí sá ni olójúkan-án ní òún ń lọ jà. (Ogun tí oní-ojú-méjì-í rí sá ni oní-ójú-kan-án ní òún ń lọ jà.)
A guerra que a pessoa com dois olhos evitou é o mesmo que a pessoa que tem um olho estar indo lutar.
Àgbájọ ọwọ́ la fi ń sọ̀yà, ọwọ́ kan o gbẹ́'rù dó'rí. (Àgbájọ ọwọ́ ni a fi ń sọ ọ̀yà, ọwọ́ kan o gbé ẹrù dé orí.)
Usamos um lenço, uma das mãos para levantar. (Usamos salários, uma mão carregando uma carga na cabeça.
Ibi tí a bá ń gbé la ti ń gbàwìn; à-rà-àì-san ni ò sunwọ̀n. (Ibi tí a bá ń gbé ni a ti ń gba àwìn; à-rà-àì-san ni ò sunwọ̀n.)
A casa (vizinhança) da pessoa é o lugar apropriado para comprar fiado, o ruim é comprar sem pagar.
Ìbéèrè kì í jẹ́ kí ẹni ó ṣìnà; ẹni tí kò lè béèrè ní ń pọ́n ara ẹ̀ lójú.
Ato de perguntar (pelas direções) evita que uma pessoa se perde, a pessoa que se recusa a pedir se faz sofrer.
Mànàmáná ò ṣé é sun iṣu.
Não pode assar inhame com relâmpago. O relâmpago não é apropriado para assar inhame.
Oògùn tá a kò f'owó rà, ẹ̀hìn ààrò l'ó ń gbé. (Oògùn tí a kò fi owó rà, ẹ̀hìn ààrò ni ó ń gbé.)
A Medicina que não compramos (com dinheiro), vive por trás do fogão (acaba sendo colocado atrás do fogão).
Kàkà kí ọmọ ó bẹ̀bẹ̀ ọ̀ràn, òmíràn ni kò ní-í ṣe mọ́.
Em vez de uma criança pedir desculpas pelo seu erro, a crianca não deve repetí-lo. Ela deve sim se proteger contra uma futura repetição.
Ayé ò lè yí padà kí ọ̀nà ilé di ọ̀nà oko.
O mundo não pode mudar de tal maneira que o caminho de casa se transforma na estrada para a fazenda.
Ìbáà tínrín, okùn òtítọ́ kì í já; bí irọ́ tó ìrókò, wíwó ní ńwó.
Mesmo que seja frágil, o fio de verdade nunca quebra; mesmo que a mentira seja tão grande, forte ou sólida como uma árvore de Iroko, certamente cairá.
Lójú òpè, bí-i kọ́'lọ́gbọ́n dàbí ọ̀lẹ. (Ní ojú òpè, bí-i kí ọlọ́gbọ́n dàbí ọ̀lẹ.)
Para um ignorante, o sábio deve, antes de tudo, ser indolente.
Ìkòkò tí yóò jẹ ata, ìdí ẹ̀ á gbóná.
A panela que deseja comer o molho, sua base (a parte de baixo) ficará quente/vai primeiro passar por um fundo escaldado.
Ajè'gbedò ń wẹ́'ni kún'ra. (Ajẹ ègbedò ń wá ẹni kún ara.)
Quem come inhame novo procura por mais gente para ter como aliado.
Ẹni bá da'mi síwájú, á tẹ'lẹ̀ tútù. (Ẹni bá da omi sí iwájú á tẹ ilẹ̀ tútù.)
Quem joga água em sua frente, pisará no chão molhado.
Bí iná kò bá tán ló'rí/lá'ṣọ, ẹ̀jẹ̀ kì í tán léèékánná. (Bí iná kò bá tán ní orí/ní aṣọ, ẹ̀jẹ̀ kì í tán ní èékánná.)
Se os piolhos não acabam na cabeça (roupa) de uma pessoa, o sangue vai continuar nas suas unhas.
Àgbà kì í wà lọ́jà kórí ọmọ titun wọ́. (Àgbà kì í wà ní ọjà kí orí ọmọ titun wọ́.)
Enquanto um idoso está no mercado, a cabeça de um bebê recém-nascido não pode ser torcida ou quebrada.
Ẹni t'ó bá mọ̀'ṣe òkùnkùn, kó má dó'ṣùpá lóró; ohun a ṣe ní ń mú'ni-í rìn'de òru; òkùnkùn ò yẹ ọmọ èèyàn. (Ẹni tí ó bá mọ ìṣe òkùnkùn, kó má dàá òṣùpá ní oró; ohun a ṣe ní ń mú ẹni-í rìn òde òru; òkùnkùn ò yẹ ọmọ ènìyàn.)
Quem conhece a obra das trevas não deve causar dano para a lua; o que fazemos leva a gente a andar de madrugada; escuridão não é bom para filho de homem (ser humano).
Òkùnkùn ò mẹ'ni ọ̀wọ̀; ó dí'fá fún “Ìwọ́ tá nìyẹn”? (Òkùnkùn ò mọ ẹni ọ̀wọ̀; ó dá ifá fún “Ìwọ́ tá nìyẹn”?)
A Treva não conhece quem merece respeito, que consultou o oráculo Ifá para "Quem é você?"
Kí ẹrú mọ ara ẹ̀ lẹ́rú; kí ìwọ̀fà mọ ara ẹ̀ níwọ̀fà; kí ọmọlúwàbí mọ ara ẹ̀ lẹ́rú Ọlọ́run ọba.
Que a/o escrava/o se reconheça como tal, deixe que o peão se reconheça como um peão; deixe que a pessoa bem nascida saiba que ela é escrava de Deus (o rei).
Kàkà kọ́’mọdé pà’gbà lá’yò, àgbà a f’ọgbọ́n àgbà gbé e. (Kàkà kí ọmọdé pa àgbà ní ayò, àgbà á fi ọgbọ́n àgbà gbé e.)
Em vez de ser derrotado por uma criança num jogo, um idoso recorrerá a ardis (sutileza) de idosos.
Ìpa à ńpoṣè ara ló fi ńsan.
Nossa tentativa de matar a árvore de oṣè ela (a árvore de oṣè) só se torna mais gordo.
Aláǹgbá kì í lérí àti pa ejò.
Um lagarto não promete que vai matar uma cobra.
Nítorí adití lò'jò fi ń ṣú; nítorí afọ́jú ló ṣe ń kù. (Nítorí adití ni òjò fi ń ṣú; nítorí afọ́jú ni ó ṣe ń kù.)
As nuvens se formam para o benefício das pessoas surdas, troveja para o benefício dos cegos.
Àlejò tó bèèrè ọ̀nà kò níí sọnù.
Um estranho/visitante que pede o caminho não vai se perder.
Olè tó gbé fèrè ọba ò róhun gbé.
O ladrão que roubou corneta do rei não encontrar nada (útil) para roubar.
Adánilóró f'agbára kọ́ni. (A dá ẹni ní oró fi agbára kọ́ ẹni.)
Quem causa dor ou desgosto para uma pessoa, ensina ela a ser mais forte.
A ní kó’lókùnrùn ṣe tó, ó ní òun ò lè ṣe tó, tò, tó. (A ní kí olókùnrùn ṣe tó, ó ní òun kò lè ṣe tó, tò, tó.)
Pedimos para uma pessoa doente dizer "tó", ela diz que não pode dizer "tó, tò, tó.”
Àbàtì àlàpà; a bà á tì, a bá a rẹ́.
Um muro abandonado, delapidado ou mal-acabado, sem podermos consertá-lo, devemos fazer amizade com ele (literalmente).
A kì í gbọ́n tó “Èmi lóni-í.” (A kì í gbọ́n tó “Èmi ni ó ni í.”)
Não podemos ser mais sábios do que "eu sou o dono."
Kí ikú má pa ẹni tí ń dá'ni ló’ró, kí òrìṣà má jẹ̌ kí ǹkan ṣe ẹni tí ń ṣe ‘ni ní’kà, b'ó pẹ́ títí orí ẹni á dá ni lá’re.
A morte não deve atormentar o opressor, nem os deuses permitir que o opressor faça o mal, desde que ele esteja livre de culpa.
Òwe lẹ’ṣin ọ̀rọ̀, bí ọ̀rọ̀ bá sọnù, òwe la fi ń wa.
Provérbios são parábolas, e quando as palavras se perdem, ouvimos parábolas
À ì gbọ́’fá là ń wò’kè, ifá kan ò sí ńpárá (À ì gbọ́ ifá ni à ń wò’kè, ifá kan ò sí ní párá).
Olhamos para cima (o teto) quando não se entende o que ifá diz, mas não existe Ifá no teto (ou na prateleira).
Ọwọ ọmọde ko le de ibi pẹpẹ kan, ọwọ agbalagba ko wọ gourd kan sii
A mão de uma criança não consegue alcançar uma prateleira, a mão de um adulto não entra dento de uma cabaça
O dara ati pe nigbati awọn ọrẹ ba jẹun papọ gẹgẹbi ẹbi, ohun ti eniyan alailẹgbẹ ni ninu ile tiwọn ti to fun wọn
Bom e quando os amigos comem juntos como familia, o que uma pessoa solteira tem em sua própria casa é suficiente para ela
Ojú ló pẹ́ sí akólòlò yóò pe baba (Ojú ni ó pẹ́ sí akólòlò yóò pe baba).
Pode demorar mas um (menino) gago conseguirá chamar o pai (papai).
Ogún ọmọdé ò lè ṣe’ré f’ógún ọdún (Ogún ọmọdé ò lè ṣe eré fún ogún ọdún).
Vinte crianças não podem brincar por vinte anos.
Imọ laisi ọgbọn dabi omi ninu iyanrin.
Conhecimento sem sabedoria é como água na areia.
Ni awọn akoko idaamu, ọlọgbọn kọ awọn afara ati aṣiwère kọ awọn idena omi
No momento de crise, os sábios constroem pontes e os tolos constroem represas
Imọran naa jẹ ajeji ati rọrun; ti o ba ṣe itẹwọgba, o duro fun alẹ. Ti kii ba ṣe bẹ, lọ kuro ni ọjọ kanna
O conselho é um estranho e simples; se ele for bem-vindo, fica para passar a noite. Se não, vai embora no mesmo dia
O kọ bi a ṣe le ge awọn igi nipa gige wọn lulẹ
Você aprende a cortar árvores cortando-as
Nigbati ọba ba ni awọn onimọran to dara, ijọba rẹ jẹ alaafia
Quando um rei tem bons conselheiros, seu reinado é pacífico
Isokan jẹ agbara, pipin jẹ ailera
Unidade é força, divisão é fraqueza
Idile kan dabi igbo, nigbati o wa ni ita o nipọn, nigbati o wa ninu, o rii pe igi kọọkan ni aaye rẹ.
Uma família é como uma floresta, quando você está do lado de fora é densa, quando está dentro, vê que cada árvore tem seu lugar.
Awọn ọrẹ buruku yoo ṣe idiwọ fun ọ lati ni awọn ọrẹ to dara
Amigos ruins impedirão que você tenha bons amigos
Awọn ọmọde ni ere ti igbesi aye
As crianças são a recompensa da vida
Maṣe jẹ ki ohun ti o ko le ṣe pa ọ mọ kuro ninu ohun ti o le
Não deixe o que você não pode fazer afastá-lo do que você pode
Maṣe jẹ ki ohun ti o ko le ṣe pa ọ mọ kuro ninu ohun ti o le
Quem vê a beleza e não olha diretamente para ela, logo será pobre
Suuru jẹ bọtini ti o yanju gbogbo awọn iṣoro.
Paciência é a chave que resolve todos os problemas.
Nigbakanju ninu iyara kii ṣe idiwọ iku.
Estar sempre com pressa não impede a morte.
Imọye dara julọ ju ọrọ lọ.
Conhecimento é melhor que riquezas.
Imọye dara julọ ju ọrọ lọ.
Aquele que aprende, ensina.
Eniyan ọlọgbọn nikan le yanju iṣoro ti o nira.
Somente uma pessoa sábia pode resolver um problema difícil.
Laibikita bi alẹ naa ti pẹ to, owurọ yoo de.
Por mais longa que seja a noite, o amanhecer vai chegar.
Ni ọkan ti suuru, ọrun wa
No âmago da paciência, encontra-se o céu
Àdágún silè takète kosése
Não se deve iniciar a guerra e ir embora
Bí abá so òkò sójà ará ilé eni ní bá
aquele que atira pedras ao mercado corre o risco de atingir um parente
Tí aṣeni bá ní ibi mefa yoo fi Ikan tabi Meji si ara re
Se um homem perverso está armado com seis maus caminhos ele vai prejudicar a si mesmo com um ou dois
Eni para buru mo ko kan fe Pawa Dà ni
(Um sujeito perverso está ciente de que ele é mau, ele simplesmente não quer mudar
Tí èyàn yoo bá huwa kan Eni ó ko Ranti esan kan ola
Antes de um ato de hoje, deve-se considerar o resultado de amanhã
Ojú tó Ribi tí ko fo, a ira de ló ńdúró
Os olhos que viram o mal e não ficaram cegos, é só esperar para ver o bem
Ori Je Pe Ori Je Mi
O ori do vencedor busca a vitória
Tí Ayé bá tojú Agba bàjẹ, àìmọwàá Nhu won ni.
Se reina a turbulência sob a acusação de um ancião, deve ser devido ao seu mau comportamento)
Eni bá jale lẹẹkan, a Ba Daso Arán bo Orí, Aso ole ló Dà bora.
Quem rouba uma vez, mesmo vestido de veludo, um ladrão, ele permanece
Roo kí o ver, o San ju Kí o Santa kí o para roo.
Pense antes de agir, é melhor que agir antes que você pense
Èsù pa eye kan lana, pẹlu okuta ti o ju loni nikan
Exu matou um pássaro ontem, com a pedra que só jogou hoje
Ẹni bá ṣe oun tí ẹnìkan ò ṣe rí á rí ohun tí ẹnìkan ò rí rí
Quem faz o que ninguém fez, vai experimentar aquilo que ninguém experimentou
Lati ṣe alaafia a ko mu ọbẹ ti o n ge, a mu abẹrẹ ti o ran
Para fazer as pazes a gente não leva uma faca que fatia, a gente leva uma agulha que costura